Anielle Franco e Ronaldo dos Santos estarão no governo federal representando as comunidades tradicionais e a luta pela igualdade racial. Foto: Arquivo pessoal
Que boa notícia! Nosso parceiro Ronaldo dos Santos, do Quilombo do Campinho, em Paraty (RJ), toma posse nesta quarta-feira (11) como Secretário de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Ciganos. A secretaria está alocada no Ministério da Igualdade Racial, que será comandado por Anielle Franco, e é uma grande conquista não só para o país, como para o território.
Ronaldo é uma das lideranças da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e do Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT) e atuou por muitos anos no OTSS trazendo grandes contribuições para a região como pesquisador e comunitário.
"Acreditamos que com apoio da militância e, com todo o acúmulo que a gente já traz de vida, a gente consegue sim encarar esse novo desafio e fazer a entrega que o nosso povo precisa, isso é o mais importante. Agradeço a todos! A minha vida é uma colcha de retalho, e vocês fazem parte dessa costura, não é? Então eu estou aqui pronto para o novo desafio! Vamos à luta!", afirmou Ronaldo ao informar do convite para o FCT e OTSS.
Na suas redes sociais a ministra reiterou o compromisso com as comunidades tradicionais: "As populações tradicionais terão um papel fundamental na nova gestão do governo! Trabalharemos juntas e juntos dentro do Ministério da Igualdade Racial para a promoção de políticas e direitos pra essas comunidades e povos. O Brasil do futuro está começando e será feito com e pela igualdade racial!"
É com muita honra e alegria que celebramos a indicação de um quilombola atuante na defesa dos povos tradicionais do Rio de Janeiro desde o final da década de 1990. Parabéns por mais essa grande conquista, Ronaldo, e por estar incansavelmente na luta e nos representando!
Seguimos juntos para Brasília na luta pelos direitos dos povos tradicionais!
Não me representa. Não representa o Povo Romani. Não somos espíritos ou entidades de religiões de matriz africana. Somos um povo, uma etnia. Não somos restos para compor tal pasta como se não houvesse alguém de nossa etnia capaz de estar a frente da pasta como está acontecendo com outras minorias.