Somos um espaço tecnopolítico de geração de conhecimento crítico, a partir do diálogo entre saber tradicional e científico, para o desenvolvimento de estratégias que promovam sustentabilidade, saúde e direitos para o bem viver das comunidades tradicionais em seus territórios
QUEM EXECUTA ?
Mais destacada instituição em ciência, tecnologia e inovação em saúde da América Latina, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil. Sua missão é produzir, disseminar e compartilhar conhecimentos e tecnologias voltados para o fortalecimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) e que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população brasileira, para a redução das desigualdades sociais e para a dinâmica nacional de inovação, estando o OTSS integrado à Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS).
Principal organização de articulação de povos e comunidades tradicionais na região da Bocaina, o Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT) é um movimento social que integra comunidades indígenas, caiçaras e quilombolas do litoral norte de São Paulo e do litoral sul do Rio de Janeiro para a luta conjunta em defesa de seus direitos e territórios tradicionais. Fundado em 2007, atua nas áreas de agroecologia, saneamento ecológico, educação diferenciada, pesca artesanal, turismo de base comunitária, cartografia social e justiça socioambiental a partir da liderança e protagonismo das próprias comunidades.
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Marcela Cananéa
Coordenadora de Justiça Socioambiental do OTSS e integrante da Coordenação Nacional de Comunidades Tradicionais Caiçaras (CNCTC) e do FCT
A Fiocruz, quando chega no território e olha para as práticas que as comunidades têm aqui, ela identifica isso como saúde. É saudável você ter a sua autonomia para sair, para pescar, para ter a sua culinária tradicional, para ter sua segurança alimentar por meio das roças, das agroflorestas, Isso é o que a gente considera a nossa saúde.
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Edmundo Gallo
Coordenador Geral do OTSS e Pesquisador Titular da Fiocruz
“Atuamos a partir do conceito de determinação social da saúde, que reconhece como fundamentais as condições sociais, econômicas, culturais, ambientais e políticas para a determinação da saúde e do bem viver. Portanto, nossa missão não é apenas prevenir doenças, mas promover teritórios sustentáveis e saudáveis geradores de saúde e de vida.”
COMO
ATUAMOS
Indígenas, caiçaras e quilombolas com assento no Colegiado de Coordenação
Coordenação geral compartilhada entre a Fiocruz e o FCT
Pesquisadores acadêmicos e comunitários trabalhando juntos
Nossa metodologia de promoção de Territórios Sustentáveis e Saudáveis
NOSSA EQUIPE
Comunidades tradicionais de origem de nossas colaboradoras e colaboradores
Almada - Aventureiro - Barequeçaba - Bonete - Boiçucanga - Bracuí - Cambucá - Juquehy - Castelhanos - Freguesia de Santana - Ilha de Búzios - Monsuaba - Muriqui - Parnaioca - Perequê-Açu/Barra Seca - Picinguaba - Praia da Fome - Praia do Bananal - Praia do Bonete - Praia do Machado - Praia do Sono - Praia Vermelha - Provetá - Quilombo da Caçandoca - Quilombo da Fazenda - Quilombo da Marambaia - Quilombo do Campinho - Rio Bonito - Rio Silviera - Saco do Céu - São Francisco - São Gonçalo - São Sebastião - Sertão do Puruba - Taquaral - Tarituba - Ubatumirim - Vila Sahy - Ponta Negra - Praia de Fora - Praia da Freguesia do Santana....
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Leonardo Esteves Freitas
Coordenador Geral de Governança e Gestão do OTSS
O OTSS aplica uma série de ferramentas de gestão que buscam, o tempo inteiro, promover o diálogo de saberes. Em nosso organograma institucional, por exemplo, o primeiro espaço de gestão é a coordenação geral. E ele já é um espaço de coordenação compartilhada, com um coordenador geral que é acadêmico e um coordenador geral que é um pesquisador comunitário. Em todos os demais espaços, temos sempre acadêmicos e comunitários trabalhando juntos”
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Ivanildes Pereira
Liderança da aldeia Guarani Mbya Rio Bonito, Pesquisadora do OTSS e integrante do FCT
Eu acho muito importante este trabalho por desenvolver o conhecimento entre as comunidades e também com as universidades. Assim, podemos ter mais força na luta dos saberes e mais reconhecimento, porque o trabalho envolve a comunidade, quem estará futuramente desenvolvendo o trabalho vão ser os jovens das próprias comunidades e o pessoal que vem de fora tem um olhar diferenciado em relação aos povos tradicionais e à nossa cultura
ONDE ATUAMOS
Entre os estados de
São Paulo e Rio de Janeiro
Em um território que abriga mais de 200 comunidades caiçaras, indígenas e quilombolas
Na área de abrangência do primeiro Sítio Misto vivo do patrimônio mundial da UNESCO
na América do Sul
Em uma região onde
territórios tradicionais foram sobrepostos por Unidades de Conservação com diferentes graus de proteção
Em um território marcado por conflitos e impactos de grandes empreendimentos nas áreas de energia, infraestrutura e turismo
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Julio Garcia Karay
Assessor Especial de Articulação Comunitária do OTSS e integrante da Comissão Guarani Yvyrupá (CGY) e do FCT
Nossa luta é por questões de garantia dos territórios e com ela vem toda nossa demanda. Vem a educação, vem o saneamento, vem a agroecologia, vem o turismo de base comunitária, vem a saúde melhor. Para que todos também respeitem a natureza, o nosso modo de vida, o modo de ser guarani, o modo de ser caiçara, o modo de ser quilombola”
COM QUEM ATUAMOS
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Ana Carolina Barbosa
Caiçara do Ubatumirim, Pesquisadora do OTSS e integrante do FCT
O OTSS, em suas diversas ações no território da Bocaina, reúne indígenas, caiçaras e quilombolas para dialogarem conjuntamente com outras instituições sobre assuntos que são urgentes para os povos e comunidades tradicionais. A articulação e construção de uma grande rede como esta, com parceiros e apoiadores, é muito importante para nós.
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Valcler Rangel
Vice-Presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz (VPAAPS).
“O Observatório tem uma importância muito grande para a Fiocruz porque nos dá bons exemplos de construção de uma política voltada para a questão da sustentabilidade de territórios em diálogo com as populações locais. Aprendemos muito com nossos parceiros e com as populações quilombolas, indígenas caiçaras que existem nesse território”
O QUE FAZEMOS
A Governança Viva é o alicerce sobre o qual todos os outros eixos do OTSS se apoiam, pois enfatiza a importância da participação. Este eixo enfoca a criação e o fortalecimento de redes entre comunidades locais, governos, movimentos sociais, organizações não-governamentais, agências internacionais e setor privado para ampliar a troca de experiências entre territórios e incidir nas políticas públicas.
Neste eixo temático, atuamos nas seguintes áreas de atuação:A Justiça Socioambiental é o eixo que garante que as práticas de desenvolvimento e conservação sejam justas e equitativas, reconhecendo e combatendo as desigualdades que afetam desproporcionalmente as comunidades tradicionais. Ao promover a justiça socioambiental, trabalhamos para assegurar que todos tenham acesso a um ambiente saudável e que as práticas das comunidades sejam reconhecidas e valorizadas.
Neste eixo temático, atuamos nas seguintes áreas de atuação:A Educação Emancipatória contribui para a transformação social, articulando indivíduos e comunidades para participarem ativamente da defesa de seus territórios e da promoção de seus direitos. Este eixo se contrapõe às práticas educacionais convencionais, baseadas na memorização e na reprodução de conteúdo, propondo, em vez disso, uma educação dialógica que valoriza o saber das pessoas e a construção coletiva do conhecimento.
Neste eixo temático, atuamos nas seguintes áreas de atuação:A Economia Solidária representa um eixo importante de nossa atuação ao promover práticas econômicas que são ecologicamente responsáveis, socialmente justas e economicamente viáveis. Este modelo se distingue por sua ênfase na cooperação, na gestão democrática e na equidade, contrapondo-se ao paradigma convencional de competição e maximização de lucros a todo custo.
Neste eixo temático, atuamos nas seguintes áreas de atuação:
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Indira Alves França
Coordenadora de Gestão de Saberes do OTSS e servidora da Fiocruz
Acreditamos em diferentes saberes e que a gente só constrói um projeto sustentável se conseguir conciliar esses diferentes saberes. E é essa troca que faz com que os projetos realmente sejam apropriados pelas comunidades, pelas instituições de pesquisa, pelos movimentos sociais e por todas e todos que participam de nossos processos”
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Marco Menezes
Diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz)
A nova forma horizontalizada de se produzir conhecimento tem que partir deste olhar para os territórios. E fazer com, não é fazer para. É a ciência feita com os movimentos a partir das demandas dos movimentos. E olhar para a saúde hoje é pensar em ações que integrem, por exemplo, a atenção, a promoção e o ambiente a partir dos territórios”
O QUE QUEREMOS
Até 2030, ser um campus avançado da Fiocruz e do FCT que contribui para a agenda global de desenvolvimento sustentável a partir de um modo de governança que se mostre capaz de promover a territorialização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Agenda 2030) e a melhoria concreta dos indicadores de sustentabilidade e saúde nos territórios tradicionais da Bocaina.
RECONHECIMENTOS
Experiência premiada pelo 27° Concurso Nacional de Inovação no Setor Público, da ENAP, na categoria “Inovação em serviços ou políticas públicas no Poder Executivo Federal - 2024
Rede de Defensoras e Defensores dos Territórios Tradicionais reconhecida pelo Prêmio Defensorar da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro na categoria “Defesa do Território” - 2024
Primeiro lugar na linha temática “Territórios Sustentáveis e Saudáveis” da 1ª Mostra de Experiências em Saúde Ambiental da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) - 2021
Experiência reconhecida como uma das 10 soluções mais inovadoras de 2021 para a implementação da Agenda 2030 no Brasil pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 - 2021
“Investimento transformador” para o desenvolvimento sustentável segundo a plataforma Big Push da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe da ONU (CEPAL) – 2020
Menção Honrosa do Prêmio ODS Brasil na categoria “Ensino, Pesquisa e Extensão” – 2018
